Entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, Salvador recebeu a última edição de 2018 da Virada Sustentável, maior festival de cultura, mobilização e educação para a sustentabilidade da América Latina. Ao longo dos quatro dias de programação 100% gratuita, foram ocupados pelo menos 35 espaços da cidade e realizadas mais de 150 atividades – 100 delas de projetos genuinamente baianos.
Um destes projetos apresentados no festival é o Programa Comunidade Empreende (PCE), que promove um projeto social para jovens no bairro periférico de Nordeste de Amaralina. Dos 60 jovens beneficiados pelo programa, 32 deles participaram da ação, que apresentou uma exposição fotográfica e um sarau – que contou com a participação do Studio Corpo e Arte e da Fanfarra Escola Municipal Teodoro Sampaio. “Com a fotografia, a gente passou a ficar mais atento para os detalhes de nosso bairro. Uma trave do baba, a visão das casas… Tudo isso enxergado com um olhar diferente e de beleza”, destacou Wesley Teixeira, em depoimento para o jornal Correio 24 Horas.
Leia mais:
Pessoas da Virada: como Bispo Catador transforma sua vida com o lixo
Conheça a história do documentário “Chega de Fiu Fiu”
Banco de Tecido integra circuito Ecobairro na Virada Sustentável
A concepção temática da Virada Sustentável é, hoje, baseada nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015. Os ODS são um acordo firmado por todos os Estados-membro da ONU e envolvem empresas e cidadãos para cumprir os objetivos de erradicar a pobreza, garantir segurança alimentar para todos e proteger o planeta de ameaças ambientais, entre outras metas, até 2030.
Programação da Virada Sustentável em Salvador
O festival soteropolitano foi aberto com a palestra e sessão de bate-papo Salvador Sustentável, a Cidade que Queremos (no Parque da Cidade) e pelo painel Inovação e Sustentabilidade (Centro Cultural Barroquinha), que contou com a presença de André Fraga, secretário municipal de Cidade Sustentável e Inovação, Marcos Cândido Carvalho, coordenador de arteducação do Projeto Axé, e Fabiana Quiroga, líder da área de Reciclagem & Plataforma Wecycle da Braskem, petroquímica que patrocinou o evento.
Ao longo dos quatro dias, as atividades foram distribuídas em diversos pontos da cidade e contemplaram ações como performances artísticas, apresentações de capoeira, dança e teatro, contação de estórias, mutirões de grafite, recitais poéticos, atividades de yoga e meditação, e feiras de arte, artesanato, oficina de empreendedorismo e economia criativa.
Três espaços culturais ficaram abertos à visitação do público durante todo o festival: a Casa do Carnaval (Pelourinho), o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana (Forte de Santa Maria) e o Espaço Carybé das Artes (Forte São Diogo). Nos locais, foram realizadas também exibições fotográficas e cinematográficas, instalações artísticas e conversas e rodas de debate sobre sustentabilidade e cultura.
O Parque da Cidade recebeu a programação musical: no sábado, se apresentaram Pedro Pondé, Tássia Reis e Zuhri; no domingo, o palco foi de Larissa Luz, OQuadro e ÀTTØØXXÁ.
A Virada Sustentável
Criada em São Paulo, em 2011, a Virada Sustentável já produziu edições nas cidades do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus, Belo Horizonte, entre outras, e recebeu público total de mais de 7 milhões de pessoas.
Conteúdo publicado em 3 de dezembro de 2018