Veja quem é o bilionário por trás do projeto de levar o ser humano ao satélite depois de 46 anos

O ser humano pisou na Lua pela primeira vez em 20 de julho de 1969. Nos três anos seguintes, outras seis missões do projeto Apollo levaram 12 astronautas à superfície lunar. Mas, desde que a Apollo 17 decolou da Lua, em 14 de dezembro de 1972, ninguém mais colocou o pé no satélite. Já são mais de 46 anos sem presença humana na Lua.

Isso, porém, está para mudar.

Em março de 2019, o presidente norte-americano Donald Trump formalizou o compromisso de levar o homem de volta à Lua até 2024. Segundo ele, dessa vez, a presença humana no satélite será para estabelecer um posto avançado – que pode até servir de escala para a exploração de outros planetas, como Marte – e não apenas uma visita científica.

No começo de maio, o plano ganhou materialidade com o anúncio, pelo homem mais rico do mundo, Jeff Bezos – dono da Amazon e de um fortuna pessoal estimada em US$ 131 bilhões – de que sua empresa de exploração espacial, Blue Origin, tinha desenvolvido uma nave para pousar na Lua.

Jeff Bezos e nave Blue Moon. Crédito: Divulgação/Blue Moon

Blue Moon nos levará de volta à Lua?

A nave de Bezos, batizada de Blue Moon, terá duas versões: uma só para carga e outra para carga e astronautas. Ambas estarão prontas até 2024. Segundo o MIT Technology Review, uma publicação do Massachusetts Institute of Technology, a versão de carga terá capacidade para levar até 6,5 toneladas de equipamentos. Já a versão para astronautas, embora ainda não tenha sido detalhada, terá capacidade para pelo menos dois passageiros.

Ambas as versões terão sistemas de machine learning para aprimorar, a cada voo, a precisão dos pousos na superfície lunar. Elas também contarão com um robusto sistema de geração de energia baseado em células de combustível que permitirá missões mais longas e elaboradas. O design da nave será modular, o que garantirá versatilidade à solução.

Blue Moon. Crédito: Divulgação/Blue Origin

Nave Blue Moon, que será enviada para a Lua. Crédito: Divulgação/Blue Origin

Segundo Bezos, a nave será lançada pelo foguete New Glenn, que ainda está sendo desenvolvido pela Blue Origin, a mesma responsável pelo desenvolvimento da nave Blue Moon. Para o projeto, Bezos conta com apoio de instituições de ensino como o MIT e as Universidades Johns Hopkins e do Estado do Arizona. A disputa agora é por um contrato, provavelmente governamental, para lançar a Blue Moon. Mas, em se tratando do homem mais rico do mundo, nada impede que ele mesmo banque a empreitada.

E você, embarcaria na Blue Moon para a Lua?

Conteúdo publicado em 15 de julho de 2019

O que a Braskem está fazendo sobre isso?

A Braskem é desenvolvedora e produtora do plástico verde usado na mistura do “cimento espacial” – este tipo de plástico pode ser encontrado pelo consumidor final em produtos com o selo “I’m green”. A empresa investiu na fase de pesquisa para o desenvolvimento do material até inaugurar a primeira planta de polietileno verde em escala comercial do mundo, em Triunfo, no Rio Grande do Sul. A instalação, que custou US$ 290 milhões, tem capacidade produtiva de 200 mil toneladas de polietileno verde por ano e usa a cana-de-açúcar como insumo.

A Braskem também é parceira da “Made in Space”, que lançará uma recicladora de plástico à Estação Espacial Internacional, a 408 km de altitude. A previsão é de que a recicladora chegue à estação no segundo semestre de 2018. A máquina tem como objetivo fechar o ciclo do plástico verde no espaço ao reciclar ferramentas produzidas por uma impressora 3D já instalada na estação que usa o polietileno verde como filamento.

Conheça o programa Imprimindo o Futuro, o projeto conjunto de Braskem e Made in Space: https://www.braskem.com.br/imprimindoofuturo

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